sábado, 29 de abril de 2023

Câmara quer tirar recursos vitais do Sesc/Senac para desperdiçá-los nas mamatas da Embratur

Publicado em 28 de abril de 2023 por Tribuna da Internet

Câmara: A UTI DA VERGONHA - Flávio Chaves

Charge do Junião (Arquivo Google)

Vicente Limongi Netto

Sacripantas engravatados aprovaram, na Câmara Federal, colossal patuscada contra o orçamento do Sesc e do Senac. O inconsequente absurdo inconstitucional seguramente será analisado pelo Senado de forma isenta e republicana, sem o açodamento injustificável dos deputado.

Caso sejam mantidos os artigos 11 e 12 do famigerado e indecente projeto, que desviam 5% dos recursos do Sesc e do Senac para a Embratur, existe o risco real de fechamento de unidades, desemprego e redução da qualidade reconhecida há 77 anos pelos trabalhadores brasileiros.

TUDO ERRADO – Nesse sentido, segundo o presidente da Confederação Nacional do Comércio, José Roberto Tadros, “a promoção do Brasil, no exterior, não pode ocorrer em detrimento dos interesses dos trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo e das demandas sociais e educacionais do povo brasileiro”. 

O Supremo Tribunal Federal (STF), por sua vez, já atestou que os valores destinados ao Sesc e ao Senac não são recursos públicos e, portanto, devem ser utilizados exclusivamente para o fim que está estabelecido na Constituição.

Os números falam por si só. A redução do orçamento pode acarretar o encerramento das atividades do Sesc e do Senac em mais de 100 cidades brasileiras.

ABSURDO TOTAL – Seriam fechadas 36 unidades do Sesc, com corte de 1.994 mil empregos e deixariam de ser aplicados no setor 121 milhões de reais em investimentos gratuitos.

Também haveria diminuição das 2,6 milhões de toneladas de alimentos distribuídos por programas assistenciais como o premiado internacionalmente Mesa Brasil Sesc.

Além disso, suspensão de 2,6 mil exames de saúde e de 37 mil atendimentos em atividades físicas e recreativas. Também haveria o corte de 2 mil apresentações culturais com público estimado em 14 milhões de pessoas. É uma boçalidade ou não?

Folha mostra como o governo Lula facilitou a invasão do dia 8 para obter apoio político


Manifestantes contra Lula invadem Congresso, Planalto e STF em Brasília

Governo Lula foi conivente com a invasão dos Três Poderes

Carlos Newton

Caramba, amigos! A que ponto de insanidade política chegamos… Quem poderia imaginar que a concretização do gravíssimo atentado contra os três Poderes, no dia 8 de janeiro, tivesse sido facilitada pelo próprio governo Lula da Silva? É algo inconcebível, inaceitável e intolerável. Mas o fato concreto é que, desde o dia 6 de janeiro, foram alertadas insistentemente todas as instituições federais que pudessem intervir e evitar as invasões. E nada fizeram.

Como se estivessem em conluio ou complô, esses órgãos federais simplesmente ignoraram os repetitivos informes que lhes foram enviados a partir de 6 de janeiro pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência), que encaminhou também esses alertas às forças de segurança do Distrito Federal, mas estranhamente também decidiram desprezar esses avisos.

ABIN NÃO SE OMITIU – É importantíssima a matéria de Thaísa Oliveira e Cézar Feitoza, publicada na Folha desta sexta-feira, dia 28, comprovando em documentos oficiais que a Abin, mesmo ainda integrada por servidores do governo Bolsonaro, cumpriu rigorosamente seu dever, tendo enviado insistentes alertas ao general Gonçalves Dias, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, e ao Ministério da Justiça, já sob o comando de Flávio Dino, sobre os riscos de ações violentas e invasão a prédios públicos nos atos que ocorreriam dois dias depois, em 8 de janeiro.

Os documentos provam que desde o dia 6 de janeiro a Abin já vinha relatando a esses órgãos federais o agravamento da situação, com novas manifestações contra a eleição de Lula em rodovias e capitais, assim como a chegada de centenas de ônibus a Brasília.

Recebiam os informes o Centro de Inteligência do Exército, o Centro de Inteligência da Marinha, Assessoria de Inteligência de Defesa do Ministério da Defesa, a Diretoria de Inteligência do Ministério da Justiça, a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), o Ministério da Infraestrutura e a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).

TODOS FORAM AVISADOS… – A partir do dia 6, também foram incluídos nos informes da Abin o Gabinete de Segurança Institucional, a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e órgãos do Distrito Federal — Polícia Militar, Polícia Civil e Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública. Ou seja, todos sabiam e se omitiram.

Esses documentos que comprovam a cumplicidade e leniência do governo federal (Lula da SIlva) e do governo de Brasília (Ibaneis Rocha) foram enviados pela Abin à Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso Nacional no dia 20 de janeiro. E até agora estavam lá, dormindo em berço esplêndido e mantidos em sigilo.

Além do GSI, com avisos pessoais por celular ao então ministro Gonçalves Dias, outros 13 órgãos receberam os comunicados, incluindo a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, aponta o material encaminhado ao Congresso, segundo a Folha.

ALERTAS SOBRE VIOLÊNCIA – No Ministério da Justiça, de acordo com os documentos da Abin, quem recebeu informes ao menos desde o dia 2 de janeiro foi a Diretoria de Inteligência. A partir do dia 6, a PF e a PRF (Polícia Rodoviária Federal) também começaram a ser atualizadas, já com menção à possibilidade de violência nos atos.

Procurados, o GSI e a Justiça negaram ter recebido os comunicados. A defesa de Gonçalves Dias — o ministro pediu demissão no último dia 19 — disse que não iria se manifestar.

Mas a primeira mensagem, enviada pela Abin às 19h40 do dia 6, já dizia que havia o risco de ações violentas contra edifícios públicos e autoridades, a intenção de invadir o Congresso e o deslocamento de pessoas potencialmente armadas.

LINGUAGEM CLARA – “A perspectiva de adesão às manifestações contra o resultado da eleição convocadas para Brasília para os dias 7, 8 e 9 jan. 2023 permanece baixa. Contudo, há risco de ações violentas contra edifícios públicos e autoridades”, dizia a mensagem do dia 6, enviada a GDias —como o ex-ministro é conhecido — e também ao Ministério da Justiça.

No entanto, em depoimento à PF, o general GDias negou que tivesse recebido informes da Abin, alegando que só soube dos alertas quando reuniu as informações para responder os questionamentos do Congresso. Ou seja, mentiu descaradamente, porque os informes eram enviados também a ele, diretamente, por celular.

O ministro da Justiça também negou. Em entrevista ao site Metrópoles, Flávio Dino reforçou que não recebeu nenhum alerta e alegou que isso possivelmente ocorreu pelo fato de os informes estarem sendo feitos pelo WhatsApp. Quer dizer, com toda certeza Dino também mentiu. Hoje, tudo é feito pelo WhatsApp. Ou seja, o ministro recebeu insistentes alertas da Abin e não se interessou em lê-los?

CONLUIO OU COMPLÔ?  – Em tradução simultânea, fica claro que houve um conluio ou um complô para facilitar a agressão aos Três Poderes. A estratégia é clara. Ao invés de reprimir, as autoridades serviram de escolta aos fanáticos bolsonaristas, com batedores e tudo o mais.

Apesar dos informes da Abin, não houve reforço policial de espécie alguma, a própria Guarda Presidencial que protege o Planalto ficou praticamente desmobilizada, embora fosse sabido que haviam chegado a Brasília centenas de ônibus de bolsonaristas.

Os alertas da Abin foram desprezados e aconteceu o inimaginável. Ao invés de aumentar a segurança do Planalto, as portas internas do palácio estavam até abertas, para facilitar o vandalismo. Esta é a narrativa real dos acontecimentos.

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P.S. 1
 – Na narrativa petista, porém, Lula não sabia de nada. Velho e cansado, após uma extenuante primeira semana de governo, ao invés de repousar, Lula preferiu viajar para Araraquara, interior de São Paulo, a pretexto de simplesmente visitar um amigo, o prefeito petista Edinho Silva. Ora, quem pode acreditar numa bobagem dessas? E ao voltar a Brasília, disse Lula: “Nós temos inteligência do GSI, da Abin, do Exército, da Marinha, da Aeronáutica, ou seja, a verdade é que nenhuma dessas inteligências serviu para avisar ao presidente da República que poderia ter acontecido isso”.

P.S. 2 – Quem quiser acreditar em Lula, faça bom proveito. Mas tudo indica que o governo petista mandou facilitar a rebelião dos fanáticos bolsonaristas, para depois posar de vítima e obter ganhos políticos com essa situação. Mas a mentira tem perna curta. A versão lulista do atentado no dia 8 de janeiro está caindo por terra, graças ao trabalho da imprensa livre. É por isso que costumamos dizer, aqui na Tribuna da Internet, que está cada vez mais difícil saber quem é o pior — Lula ou Bolsonaro. (C.N.)